MENSAGEM AO TELEFONE







Tal quais as águas

que banham as pedras...



Tal qual o orvalho

que beija o lírio nu



Ecos de um gramofone...


Somos dois, e juntos despertamos

o silencio do telefonema


Luz no papel e palavras da minha boca...


Um riso súbito que se abre e se abriga

na minha arquitetura, de onde tu sopras

por o mundo a fora o inesgotável poema


(Dentro de mim o teu nome...

dentro de mim o número da tua casa)



alegres sussurros que distraidamente

tu esqueceste entre as mensagens

ao telefone...



ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 20/10/2009
Reeditado em 20/10/2009
Código do texto: T1876779
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