Comovido ao Extremo

Passei o dia de ontem todo,

Babando feito um tolo,

Completamente emocionado,

Com aquela sensação de recado dado.

A ideia era homenagear os amigos recantistas,

Verdadeiros artistas,

Mas eles inverteram a situação.

Para delírio de meu coração,

Eu é que acabei homenageado,

Descaradamente elogiado.

Palavras delicadas, generosas

Honrosas,

Com aquele inconfundível perfume,

Que ilumina o lume...

Signos que atingem irremediavelmente o alvo,

Por serem oriundos do alto.

E, por assim serem, não só enlevam,

Como elevam.

Passei o dia todo no ar...

A voar!

As asas recusavam-se a fechar.

O espírito negou-se a pousar.

Cada comentário que chegava,

Mais eu alçava.

Claro, um tanto orgulhoso,

Masn, vergonhosamente choroso...

Hoje, de olhos inchados,

Sinto-me novamente obrigado

A agradecer enfaticamente,

Poeticamente,

Liricamente,

Humildemente.

Pela beleza,

Pela pureza,

Em cada palavra, inseridas.

Tantas sensações convertidas

Em delicadeza,

Em nobreza,

Por parte dos autores

E dos queridos frequentadores.

Pessoas especialíssimas,

Com suas almas boníssimas.

Eles simplesmente, inverteram o jogo.

Deixaram-me estupefato, com cara de bobo.

Uma prova de amizade,

Plena de autenticidade,

De veracidade,

De sinceridade.

Tipo de gesto,

Que impermeabiliza qualquer teto...

Que dá abrigo!

Que afasta todo e qualquer perigo.

Que faz cair o queixo...

Que há de pôr o mundo no seu eixo.

Um dia histórico em minha vida,

Uma enorme conquista.

Muito obrigado pela demonstração de afeição.

Que os seus caminhos sejam iluminados pela imensidão.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 03/10/2009
Código do texto: T1845324