Comovido ao Extremo
Passei o dia de ontem todo,
Babando feito um tolo,
Completamente emocionado,
Com aquela sensação de recado dado.
A ideia era homenagear os amigos recantistas,
Verdadeiros artistas,
Mas eles inverteram a situação.
Para delírio de meu coração,
Eu é que acabei homenageado,
Descaradamente elogiado.
Palavras delicadas, generosas
Honrosas,
Com aquele inconfundível perfume,
Que ilumina o lume...
Signos que atingem irremediavelmente o alvo,
Por serem oriundos do alto.
E, por assim serem, não só enlevam,
Como elevam.
Passei o dia todo no ar...
A voar!
As asas recusavam-se a fechar.
O espírito negou-se a pousar.
Cada comentário que chegava,
Mais eu alçava.
Claro, um tanto orgulhoso,
Masn, vergonhosamente choroso...
Hoje, de olhos inchados,
Sinto-me novamente obrigado
A agradecer enfaticamente,
Poeticamente,
Liricamente,
Humildemente.
Pela beleza,
Pela pureza,
Em cada palavra, inseridas.
Tantas sensações convertidas
Em delicadeza,
Em nobreza,
Por parte dos autores
E dos queridos frequentadores.
Pessoas especialíssimas,
Com suas almas boníssimas.
Eles simplesmente, inverteram o jogo.
Deixaram-me estupefato, com cara de bobo.
Uma prova de amizade,
Plena de autenticidade,
De veracidade,
De sinceridade.
Tipo de gesto,
Que impermeabiliza qualquer teto...
Que dá abrigo!
Que afasta todo e qualquer perigo.
Que faz cair o queixo...
Que há de pôr o mundo no seu eixo.
Um dia histórico em minha vida,
Uma enorme conquista.
Muito obrigado pela demonstração de afeição.
Que os seus caminhos sejam iluminados pela imensidão.