SUBVERSÃO DOS EU DE DOS AIS
Toda vez que avisto além da muralha
Um grito calha do interior do templo
Meus eus lá dentro, sem saberem rezar
O único daqui de fora é só lamento
Serão meus eus iguais aos teus
Nos meus ais me procuro eu juro
Por teus eus e meus ais peço a Deus
E assim fico em cima do muro
Sinos bradam no campanário da alma
Todos acordam clamando por mim
Que de tão longe não ouço as falas
Esses meus eus vivem em motins
Todos acordam clamando por mim
Que de tão longe não ouço as falas
Esses meus eus vivem em motins
Nem mais os sinos brandam por mim
Me faço de mudo surdo todos os dias
Meu despertar seria ao som do clarim
mas durmo no armistício das poesias
Nesse Deus nos acuda
Aparece Zeus, na prece
E o que se dizia herege
Agora intercede ajuda
Direi ! Agnóstico não sei o que faço
No Grall bebo todas se permites
A Dionisio e Baco peço espaço
Minha Afrodite por favor acredite
Não sei se os meus eus já não caibem em mimOu se em mim, os meus aís, provocam os eus.
Se teus ais transbordam em ti,coração
Os meus insistem em escapar pelo ladrão
Ivone Alves SOL