R
ecanto
ecanto
das
L
etras
etras
No espelho da alma reflete.
a saudade do amanhecer,
dedos do tempo nos lábios
impedem contar os segredos
e nele se vê o que quer se ver,
independente do que se vê.
Aberta as portas do coração
nas janelas do meu olhar
respingos de lágrimas
batem as vidraças ,
estilhaçam e embassam.
A vida se torna turva
sendo límpida a chuva,
entre frestas e estilhaços
penetram fundo na alma,
como gotas de veneno.
De noite aquele sereno
lava a alma, que olhando
para o espelho da saudade
não reparou o dia passar.
Rs trigueiros
Rio das Ostras 28 de Setembro de 2009 22:hs