Verso e Anverso
Bem menino veio à Bahia
Nem sonhava o que seria
De sua vida no dia a dia
Só sabia que ele queria...
Comer acarajé e caranguejo.
Matar todos os seus desejos
Namorar e dar muito beijo
E ficou moço do abraço brejeiro
Trabalhador e companheiro
E saíra lá de Santa Catarina
Com a cara e a coragem
Apenas isso na bagagem
Valente e moço destemido
Rompeu diversas estradas
Hoje é um aprendiz de poeta
E ela saiu de Canoa quebrada
Só levava o sorriso e o violão
Fez o inverso do meu verso
No anverso só veste emoção
É compositora de canção
Musa da minha inspiração
Não vejo a hora do abraço
Ela é a falta do meu pedaço
Para me meter na piração
Sem ela eu vivo mutilado
Quero-a comigo ao meu lado
Para completar esta poesia
Pra deixar meu poema safado
Ceará, Santa Catarina e Bahia
Nessa tripla dupla de Magias
Dos dois inspirados na Alegria
Hildebrando Menezes