Destino: O Infinito!

De agora em diante, pretendo caminhar um pouco mais ereto.

Sei qual é o meu rumo certo.

Estava muito acomodado,

Aceitando tudo como fato consumado.

Estava completamente errado.

Reconheço que já vim com caminho traçado.

Sempre soube o que quis,

Mas, desafortunadamente, nem sempre o fiz.

Deixei-me levar por quem nunca soube de mim,

Chegando a absurdos sacrifícios, que pareciam não ter fim...

Achava-me centrado,

Mas, na verdade, estava manipulado.

O problema sempre foi o mesmo:

A necessidade doentia de ser aceito,

A qualquer custo, de qualquer jeito.

Um gravíssimo erro!

Não pertenço à classe alguma!

Minha ambição material é nenhuma!

São outros os meus sonhos.

São um pouco diferentes, os recursos de que disponho.

Confesso que não são muito populares,

Porque trazem em si, a fórmula para novos ares.

Ao invés de desenvolvê-los ao extremo,

Achatei-os com os meus próprios remos,

Para ficarem mais semelhantes aos da maioria...

E assim, sabotei minha utopia.

Reconheço agora, de uma vez por todas,

Todas as atitudes loucas

Que pratiquei contra a minha essência.

Só não entrei em irreversível decadência,

Porque por trás de tudo,

A convivência solitária e ininterrupta com a arte,

Sustentou sozinha o que em mim há de mais profundo.

Algo que não foi maculado e que ainda arde.

Pois bem, depois de ter me aconselhado com a morte,

Resolvi não mais abusar da sorte.

Vou exatamente potencializar a diferença.

Darei asas à essa alma intensa.

Desenvolverei o que acredito,

O que me faz sentido.

Aliás, esse processo já começou.

Sem eu perceber já se desencadeou.

Mudei minha forma de cantar,

Estou voltando a profundamente respirar.

Através do exercício diário da poesia,

Vem se viabilizando, naturalmente a minha utopia.

Mas eu quero mais!

Sei que posso muito mais!

Quero a melhor melodia

Para materializar a tão sonhada harmonia.

Estou muito bem acompanhado,

Daquilo que me mantém arrebatado.

Sinto agora, que o universo está sim

Conspirando a meu favor,

Graças ao meu inextinguível ardor!

Por isso não paro mais: vou até o fundo de mim.

Completamente afastado da insegurança,

Amparado pela consequente bonança,

Cercado pelas universais intenções

E pelas mais belas canções.

Exijo que todas as minhas ações,

Estimulem o maior número possível de corações.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 21/09/2009
Código do texto: T1822178