ASPIRAÇÃO

quero o poema fluente

como flui a água da sanga

esmerado ao tato dos olhos

sabor da polpa da manga

quero um poema alegre

como livre o pássaro voa

tão suave deslize a palavra

quão n'água desliza a canoa

quero o poema puro

como a fonte verte cristais

que se confunda ondulante

com o verde-louro dos trigais

seja sábio e nu o poema

e esta arte recrie poetas

navegue nos mares do livro

sem o mofo das gavetas

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 11/09/2009
Código do texto: T1804197
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.