Cidade dos risos
Vi sorrisos procurarem rostos,
lágrimas irem em caminhos opostos.
Todos querendo rir
e das lástimas fugir.
Mas havia um desencontro com a felicidade,
crianças, idosos, pessoas de meia idade,
esperando da alegria algum alarde,
contudo nada se podia ouvir.
Eis a dedução efetiva: Esqueceram!
De tanto sofrer( e como padeceram)
as pessoas, que triste, desaprenderam,
como deveras se devia sorrir.
Até que certo dia surpreendeu
uma gargalhada logo que alvoreceu
surgiu repentinamente, com o cantar do galo,
e daí em diante sapato apertado não faria mais calo.
As pessoas puseram-se a sorrir, imitando,
percebi o ânimo da cidade se adaptando
ao estado pleno e agradável dos sorrisos somente,
e já no crepúsculo esqueceram como lamentar, finalmente!