AS CHAVES

Um raminho de oliveira...

Fim de dilúvio.

Tarde,

Chegando junto com o sol poente...

Um arco-íris tinge

As pedras em que eu tropeçava mais,

Descobre veredas encantadas,

As chaves dos meus portais...

Como Penélope, sempre a tecer.

A desmanchar e a refazer,

Mudo os reversos em versos,

Converto alinhavos em flor.

Com o sol vermelho da tarde

Me sei inteira e mais menina

E minha alma flui,

Intensa,

...líquida e bailarina...