Enlevo

Gota a gota caindo em mim

Sede se mata bem assim

Devagar e sonoramente macia

Fui entregando meu corpo

A alma molhada já se fazia

Chuva de energia, doce água

No meu corpo marinho

Dia nublado, lindamente frio

A chuva e eu éramos uma poesia

Nem sei quem mais se deu

Se ela em mim era pura magia

Eu nela me achava e me perdia

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 26/08/2009
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