AMADORES
Ouvida voz no vento, expondo articulada.
Os sentidos brincando, a leve sofreguidão.
Uma sublime inquietação, faz ressuscitada.
Convocando sentimentos, gritando emoção.
Marginalizada dor, propagação, idolatria.
Elegias brotando, ante um anônimo mato.
Amar, vender uma ode, repetida todo dia.
Rotineiras alvoradas, nos mutantes fatos.
Em claustro elaborado, expostos sabores.
Soltas na leveza, como as asas aparadas.
E por amar demais, sentindo essas dores.
Vigentes sublimações, uma ferida sanada.
De dores, não se morre, de amor se vive.
As infundadas sentenças, apenas tentam.
E quando reduzidas,entregues ao declive.
Amadores são emoções, que os inventam.