Quando lá estive

Quando lá estive de tudo gozei, de tudo sorrir

De tudo amei, o tédio nada me fez, o tédio

Sumiu, desapareceu, o tédio morreu. Lá

Embriaguei-me, as mulheres eram minhas

Todas elas com o doce sabor da virgindade

Natural de um ser esplendido.

Estive lá sim e de tudo desfrutei, meu paladar

Submergiu aos sabores de Pasárgada, lá os amigos

Tinha-me, o rei sorriu pra mim, as mulheres

Eram minhas todas elas infinitas e magistrais

Na força de amar, na força de tocar

O corpo de um homem.

Quando em Pasárgada amei, amei para sempre

Quando em Pasárgada sonhei eram sonhos

Divinos, quando em Pasárgada estive

Tudo era para sempre, tudo era majestoso,

Tudo era mágico, quando nas abas

Dela me veio o deleite, então explodir

Em pedaços que se dissiparam em cada

Parte do quadrado que a cercava.

Quando em Pasárgada estive fui feliz

Lá as mulheres eram minhas, as felicidades

Eram minhas, o rei sorriu pra mim, sentei

Em cada jardim, ocupei cada espaço

O rei sorriu pra mim. Lá as estrelas

Brilhava mais, o luar era intenso,

Eu tinha a noite só pra mim,

Tudo era pra mim em Pasárgada.

Quando lá estive nunca pensei

Em vim embora, nunca sonhei

Com outra aurora. De Pasárgada

Não queria mais sair, o rei

Sorriu pra mim, em Pasárgada

Renasci e queria morrer sobre

As flores de cada jardim. Queria

Como Ciro ll da pérsia uma tumba só pra mim.