EM CENA

que entre a luz

incomode os olhos

inertes sonados

invada ilumine os cantos

amuados em lamentos

tisnados pelos prantos

quero vento na cara

pessoas e alaridos

brisas e gemidos

quero as dores

dantescas

em cores odores

não quero fugas

ser trânsfugas

anseio a crueza

não telas oníricas

perdidas soltas

folhas aos ventos

quero sangrar

minhas feridas

engalfinhar-me com a vida

gemer, sofrer,

fugir...

não mais !