Os passantes apressados
Os passantes apressados,
Vidrados nas vitrines
Param e observam a vida
Com seu show de luzes coloridas.
Distraido com seus papéis,
Rolando em largas escadas de letargia
Dando as mãos a seus pares,
Por menos pares que pareçam.
Para a triste moça da loja
Que cansada da clientela vazia,
Olha a vida que passa
Empurrando os bebês em seus carrinhos.
Risonhos com nada,
Porém felizes com tudo.
E o que é a felicidade,
Do que ter o nada a preocupar.
Após o longo dia esvaziado
Da inexperiência do inocente
Vou até a saída deslizando,
Reconfortado por ir para casa.