É UM PRAZER VIVER

O meu corpo decrépito é cruel

Quando me aponta que já vivi

Mais da metade da minha vida

E que estou próximo de sair de cena...

Exatamente no momento em que eu me sinto

Em plena capacidade intelectual

Produzindo cultura, usando o meu corpo

Ao máximo em função do amor e de amar...

Não me parece agradável

Que a qualquer momento tudo possa acabar

Porque o ser físico-químico que sou

Desgastou-se e já não corresponde ao que eu penso ser...

Pesam os números exatamente no momento

Em que descubro que viver dá prazer

E que é um prazer viver plenamente

Mas o meu corpo cansado não corresponde mais...

Sinto fisicamente as “baterias” fracas

Enquanto meu cérebro a todo o vapor

Quer vigor, tem sede de experiências e vivencias

E não é justa a luta de um jovem contra um senhor cansado...

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 02/08/2009
Código do texto: T1732552
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