POEMA DO PÁSSARO
I
O pássaro
um apara sol
pousou na minha janela
mi-nu-ci-o-sa-men-te
desenhou o instante
de senso – admiração – aquarela
II
O pássaro
veio do sul – tempo – vento
(flor da imensidão azul)
definitavamente
plenitude do contentamento
III
O pássaro
veio repousar – amar
(livre abandono)
digna contemplação
coração – coabitar
IV
O pássaro
é de louça
gesto essencial – movimento
absoluto amor labiríntico
saída e volta no coração da moça
V
O pássaro
abriu o amanhecer
(porta sempre aberta)
sentimento guardado – fresta
acorda amor – amor acorda
a luz da vida se manifesta
VI
O pássaro
tão somente um pássaro
urge vitalidade
(todos os dias têm o canto uníssono)
– palavra intacta – humanidade
VII
O pássaro
é crepúsculo
forma complexa da luz concreta
porém se unicamente a face vira claridade
o meu amor será eternidade
VIII
O pássaro
- dos pássaros
única fonte que deságua
na minha própria fonte
a nudez grita o nome
relicário florido no meu horizonte
IX
O pássaro
lúcido fluxo cristalizado
ave abissal do meu sexo
que todos se calam
quando o canto unicirculamente
vira reflexo
X
O pássaro
auréola de luz – cerne – consciente
certeza que no meu peito abriga
um amor infinito – loucamente.
Luzilândia (PI), 30-07-09 – 24h12min
I
O pássaro
um apara sol
pousou na minha janela
mi-nu-ci-o-sa-men-te
desenhou o instante
de senso – admiração – aquarela
II
O pássaro
veio do sul – tempo – vento
(flor da imensidão azul)
definitavamente
plenitude do contentamento
III
O pássaro
veio repousar – amar
(livre abandono)
digna contemplação
coração – coabitar
IV
O pássaro
é de louça
gesto essencial – movimento
absoluto amor labiríntico
saída e volta no coração da moça
V
O pássaro
abriu o amanhecer
(porta sempre aberta)
sentimento guardado – fresta
acorda amor – amor acorda
a luz da vida se manifesta
VI
O pássaro
tão somente um pássaro
urge vitalidade
(todos os dias têm o canto uníssono)
– palavra intacta – humanidade
VII
O pássaro
é crepúsculo
forma complexa da luz concreta
porém se unicamente a face vira claridade
o meu amor será eternidade
VIII
O pássaro
- dos pássaros
única fonte que deságua
na minha própria fonte
a nudez grita o nome
relicário florido no meu horizonte
IX
O pássaro
lúcido fluxo cristalizado
ave abissal do meu sexo
que todos se calam
quando o canto unicirculamente
vira reflexo
X
O pássaro
auréola de luz – cerne – consciente
certeza que no meu peito abriga
um amor infinito – loucamente.
Luzilândia (PI), 30-07-09 – 24h12min