MANHÃ DE SOL


Olhando por entre a árvore de romã
com meu olhar, nas nuvens mergulho,
a tempestade, que chega com a manhã,
trocou o silêncio, por temeroso barulho.

Vem na frente alertando, esse vendaval,
que faz tremer o rancho, com a ventania,
fecho a janela, fico esperando o temporal
que até hoje, nunca me inspirou uma poesia.

Enrolando em meus rasgados cobertores,
fico olhando a lenha, que no fogão crepita,
peço ao vento que não maltrate as flores,
única riqueza, desse assustado eremita.

Passou a chuva, agora posso sair la fora,
choveu granizo, tudo branco como lençol,
fica limpo o céu, o vento já foi embora,
vejo tudo azul, numa linda manhã de sol. 

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 26/07/2009
Código do texto: T1720438
Classificação de conteúdo: seguro