Hoje

Chegou o dia do meu aniversário de cinquenta anos

Não que eu me importe muito com a contagem do tempo

O que conta é o aprimoramento

Mas, quem há de negar que é uma data significativa

Da qual eu fugiria se tivesse alternativa...

Não me sinto um senhor

De ser assim chamado, tenho pavor...

Nunca me imaginei nessa idade

Com toda a sinceridade

Meu ímpeto sempre foi de menino

Gosto do novo, do que vem vindo

Sou quase vanguardista

E um tanto anarquista

Desprezo os rótulos, o estabelecido

Não me encaixo em classificação alguma

Embora, tenha tentado ao longo do percorrido

Descobrir qual era a minha, até que percebi que é nehuma

Muito pelo contrário

É outro meu itinerário

O que me chama a atenção nesse momento

É a resistência que me acompanha

Sob essa alma que initerruptamente se inflama

Chama

Aclama

Reclama

Conclama

Derrama ...

É uma força da natureza, o meu sentimento

Passar por tudo que passei

Velejar pelos mares naveguei

Realmente, não pensei que me fosse possível

Ainda mais, porque, estou cada vez mais sensível

Ao invés, de esfriar o furacão

Ardem cada vez mais alto, as chamas do coração

Os tambores em meu peito

Tocam de um jeito

Que não me é possível parar

Ou sossegar

O que eu tento, é me equilibrar

Para mais tranquilamente caminhar

Quero mesmo é me espraiar

Para o infinito cantar

A mais linda canção que eu puder perceber

Tenho muito que apreender

Quero escrever

Até morrer

Abraçado,

Totalmente apaixonado

Pela POESIA

Senhora absoluta de tudo que em mim principia

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 26/07/2009
Código do texto: T1719815