Lá do Sol
Raiou o sol no meu céu nublado
Brilha tanto que me faço lágrimas
Enfim o dia, do qual me esquivo,
Hoje me fez festejar o espetáculo da vida
Vida que por rara clemência permitiu um anjo
Hoje no meu céu a lua brilha insistente
Está ali como a insistir que não a esqueça
Como se eu pudesse existir sem o luar
Não reconheço em mim, por merecimento, ter um anjo
É doação do amor sem permutas nem perguntas
É tal perfeição que minha humanidade não alcança
Mas meu eu divino concebe em plenitude