LuLinda...Bem - Vinda!
Eu era bem menino ainda
E já sonhava com Lulinda
Ela fazia ‘pipi’ nas fraldas
Eu com meu olhar a secava
Mas ela nem bola me dava
Grudada nos peitos mamava
E eu poetava que me esbaldava
Era rabisco dos que não prestavam
Mas eu teimoso... Mais continuava
Certo dia eu até que criei coragem
Mandei um bocado na maior vadiagem
Queria saber do que ela mais gostava
Embora a temesse, ainda mais poetava
Ficava curioso por que não reclamava
Isso tudo não nego... Entusiasmava-me
Será que Lulinda é mesmo tão linda?
E tome cá que ela mais me inspirava
Olhava pros seus carnudos lábios
Para o decote de seu vestido azul
E delirava, arrepiava e mais sonhava
Aqueles suculentos seios saltitavam?
Será que um dia ousarei ali um beijo?
E se ela me der uma tapa na cara...
E o cara dela me chamar pro duelo
E se eu der pra me borrar nas calças...
Era tanto medo que eu me calava
Sofria de solidão e só a esperava
Ah! Um dia quem sabe... Pensava
Crio coragem e confesso à danada
Do tanto quanto eu a amo e a amava!
Hildebrando Menezes