Versos de Sol e Lua
Qual o mistério discreto
dos versos poéticos
que podem ser flamejantes
como os versos das paixões
ou suaves como a brisa,
assim são os versos de amor.
Difícil entender.
Sabe-se que querem dizer algo,
que pode ser um 'não dito' ,
pois às vezes não são transparentes,
mas silêncio incutido
e por isso se fazem secretos,
se envolvem em segredos
que nunca existiram
para aqueles que leem
com os olhos do coração.
Nascem com a manhã,
ao nascer do sol,
onde tudo é claro.
São templo de luz bordada
no horizonte,
a bailar como só as fadas
conseguem fazer.
Nascem com a noite,
encantados
pelo passeio da lua,
e então simplesmente flutuam,
julgam-se com asas,
se confundem
e já não são mais fadas,
mas anjos noturnos
e têm o dom de entender a lua,
descobrindo a alma
de paz guardada na noite.
Pois que ante o prateado lunar,
as palavras são confissões
e já não são ditas, mas cantadas,
ganham musicalidade
que se transforma
em cantiga de ninar
que acaba por acalentar
os corações atentos,
pois que estes
são como as crianças e os velhos,
estão mais próximos da eternidade
por estarem vindo ou indo.
Mas ao poema isto não importa,
vale sim o fugaz momento,
o minúsculo instante
de efemeridade
a brincar com a eternidade,
onde a tenaz fragilidade
se alvoroça em força,
criando o encanto da satisfação,
dos versos tingidos de afeto
que vagam, vadios,
em torno dos que têm
coração de poeta.
Qual o mistério discreto
dos versos poéticos
que podem ser flamejantes
como os versos das paixões
ou suaves como a brisa,
assim são os versos de amor.
Difícil entender.
Sabe-se que querem dizer algo,
que pode ser um 'não dito' ,
pois às vezes não são transparentes,
mas silêncio incutido
e por isso se fazem secretos,
se envolvem em segredos
que nunca existiram
para aqueles que leem
com os olhos do coração.
Nascem com a manhã,
ao nascer do sol,
onde tudo é claro.
São templo de luz bordada
no horizonte,
a bailar como só as fadas
conseguem fazer.
Nascem com a noite,
encantados
pelo passeio da lua,
e então simplesmente flutuam,
julgam-se com asas,
se confundem
e já não são mais fadas,
mas anjos noturnos
e têm o dom de entender a lua,
descobrindo a alma
de paz guardada na noite.
Pois que ante o prateado lunar,
as palavras são confissões
e já não são ditas, mas cantadas,
ganham musicalidade
que se transforma
em cantiga de ninar
que acaba por acalentar
os corações atentos,
pois que estes
são como as crianças e os velhos,
estão mais próximos da eternidade
por estarem vindo ou indo.
Mas ao poema isto não importa,
vale sim o fugaz momento,
o minúsculo instante
de efemeridade
a brincar com a eternidade,
onde a tenaz fragilidade
se alvoroça em força,
criando o encanto da satisfação,
dos versos tingidos de afeto
que vagam, vadios,
em torno dos que têm
coração de poeta.