O (A) MAR
(Sócrates Di Lima)
Ouço o (a)mar ruminando,
Como um animal no pasto,
Que correndo vem chegando,
De seu mundo vasto.
Ouço o (a)mar tem maresia,
Trazendo a doçura e o encanto,
Das águas azuis que cria,
Com as enxurradas do seu pranto.
O (a)mar é encantado,
É o repouso da sereia.,
É também do enamorado,
Que em dois vão pela areia.
Também é sábio o (a)mar,
Tem segredo irrevelável.,
Quem nele se aventurar,
Traiçoeiro pode se tornar tragável.
O (a)mar faz navegante,
Marinheiros de porto em porto,
Onde sempre haverá uma amante,
A espera do seu garoto.
O (a)mar é poesia, é belo de noite e de dia,
A noite a lua se veste de amante.,
Faz-se dona de uma eterna magia,
Desce seu véu e vem amar seu almirante.
E o Sol na sua formosura,
Não passa despercebido.,
Se banha no mar sem postura,
É sutil, nem vai vestido.
E nessa maravilha de encontros naturais,
A natureza é mão de Deus em ação.,
E pagamos caro pelos atos monstruais
Onde o poder do homem põe a mão.