O Canto das Estrelas

Véu que oculta
os mistérios do tempo,
cortina que abre-se
permitindo espreitar-se
por um instante.
O movimento do universo
é harmônico e cheio de música,
é raridade do espírito da beleza.

Coração da criação,
mente geratriz do universo.
Que a paz do todo esteja
nas mais ínfimas partes.

Que a doação provenha
da fonte inesgotável
que distribui
afeto consolador
aos amargurados.

Que a verdade
seja o tenro fruto
da árvore da vida,
que a lucidez
cheia de franqueza prevaleça.

Desejada é a aguardada
filiação ao Pai,
tão dolorosamente buscado,
anjo redimido, ser liberto.
Aventureiro de tantas passagens.

Cometa a brincar,
pequena luz a cruzar o espaço
por entre as grandes estrelas
e por seu amor ao Pai,
se necessário for,
haverá de fingir-se de sol.

Fonte de luz e calor,
fonte da vida,
fonte tão translúcida
e tão oculta.
Olhos do homem
não verão o que apenas vê,
o coração dos anjos.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 30/05/2009
Reeditado em 02/08/2009
Código do texto: T1623398
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