QUANDO MEU CORAÇÃO SERENAR
Quando cá no meu velho peito
este pobre coração serenar
e os últimos brilhos nos olhos
esmaecerem escurecendo
como a noite mais negra,
não leves flores ao meu jazigo...
quero o teu sorriso meigo
a acompanhar-me à eternidade
pois as flores murcham
com o passar dos dias,
mas a tua ternura permanece
Para que lágrimas? Logo secam.
Deixa naquele terno espaço
onde o teu coração cadencia
o tamborilar das muitas lembranças
e o contorno das tantas saudades;
essas não perecem nunca...
E ao descer do esquife à terra,
não jogue areia, basta uma
pá cheia de beijos.