A Ti Menina Flor
Oh, verdejantes olhos
Vertentes de esperança
A encantar o alvorecer...
Sua pela de seda manuseada pelo tempo,
Com carícias e zelo te preservou.
Não mentiria o espelho mesmo partido
Reproduziria sua imagem bela.
Musa das canções do vento,
Num sopro retine envolvente harmonia,
Os corações se rendem a cantarolar-te.
Seus cabelos qual manto a cobrir-te
Faz-se de mistérios de primaveris estações.
No peito um indomado corcel negro
Que pelas veredas dos sentimentos
Baila num lírico e sereno galopar.
Tens a silhueta qual curvas perigosas
Com detalhes protuberantes de puro feitiço
A hipnotizar os olhares que te cobiçam.
O que dizer de seus lábios,
Se nem a rosas possuem tal delicadeza.
Tocá-los seria ganhar o céu
Mesmo sendo combalido pelo fogo dos desejos mais impuros.
Mulher viçosa, quão sempreviva em exuberante sorriso.
O perfume que de ti exalas, embriaga e acalma.
Na essência Flor de Laranjeira.