Luzes & Trevas
Contradições de cada um,
em cada ser uma interioridade diferente.
O céu e o inferno de cada um,
a face anjo a enfrentar seu lado demônio.
O anjo às vezes se apresenta com trajes da moral,
outras traz por vestuário uma dose de hipocrisia.
Às vezes vem quase nu, cheio de culpas e neurose,
mas às vezes tem efetiva sinceridade e pureza.
O demônio tem a franqueza dos instintos.
Por vezes se oculta num ritual de sedução,
outras tantas escolhe as palavras adequadas,
Ensina a paixão.
O anjo faz carícias singelas
na suave brisa do vento,
no toque acolhedor da chuva fina,
mas também seduz com auroras e crepúsculos.
O demônio sabe fazer do corpo a sua morada.
O anjo sabe construir seu lar na consciência,
o demônio incendeia, cria chamas no coração.
O anjo é posseiro da razão, cria arreios para as emoções.
Corpo e alma, trevas e luzes, pecados e virtudes.
Demônios e anjos. Quem realmente sabe deles?
E para quem só quer viver: por que há de saber?
E para que se foge da vida? Sabe-se lá por quê...
O cotidiano é concreto, o céu ainda é promessa,
e estar vivo implica dividir-se em dois,
matéria física e plano etéreo, o concreto e o vago.
O mesmo que sonha, também tem seus pesadelos.
O efêmero e o eterno. O constatável e o abstraído.
Demônios e anjos todos nós temos os seus.
Uns os odeiam, outros os idolatram.
Num amor e ódio, que se fazem fugazes ou intensos.
O passado de culpas, o presente de decisões.
Quem sabe um futuro de virtudes...?
Nas lembranças esculpidas, a memória da alma.
E no hoje ainda se faz vivo o ontem, para fazer o amanhã.
As emoções, os sentimentos, as ideias e a razão.
O anjo é de cor azul, o demônio é vermelho,
O anjo é vermelho, o demônio de cor azul.
Até onde se é anjo, até onde se é demônio.
Meio anjo, meio demônio, eis o Homem.
Entre o divino e o profano. Como ter certeza?
Não se tem. Cabe a cada um. Cabe a todos.
Os olhos não desvendam os corações.
São tantas as dúvidas, são tantas as dogmáticas certezas...
Pouco se explica, o azul então vai se mesclando ao vermelho,
E nem anjo e nem demônio, apenas humano,
Apenas uma alma, um espírito, e um corpo.
Corpo e alma, e o etéreo diluindo-se no físico.
Anima. O que fazer? Por que fazer?
E a paixão haverá de desafiar o ódio.
E a paixão também desafiará o amor.
E de azul e vermelho,
tudo faz parte da criação.
Talvez não sejam opostos, mas evolução.
Algo que vai além de "ser", que haverá de surgir...
Contradições de cada um,
em cada ser uma interioridade diferente.
O céu e o inferno de cada um,
a face anjo a enfrentar seu lado demônio.
O anjo às vezes se apresenta com trajes da moral,
outras traz por vestuário uma dose de hipocrisia.
Às vezes vem quase nu, cheio de culpas e neurose,
mas às vezes tem efetiva sinceridade e pureza.
O demônio tem a franqueza dos instintos.
Por vezes se oculta num ritual de sedução,
outras tantas escolhe as palavras adequadas,
Ensina a paixão.
O anjo faz carícias singelas
na suave brisa do vento,
no toque acolhedor da chuva fina,
mas também seduz com auroras e crepúsculos.
O demônio sabe fazer do corpo a sua morada.
O anjo sabe construir seu lar na consciência,
o demônio incendeia, cria chamas no coração.
O anjo é posseiro da razão, cria arreios para as emoções.
Corpo e alma, trevas e luzes, pecados e virtudes.
Demônios e anjos. Quem realmente sabe deles?
E para quem só quer viver: por que há de saber?
E para que se foge da vida? Sabe-se lá por quê...
O cotidiano é concreto, o céu ainda é promessa,
e estar vivo implica dividir-se em dois,
matéria física e plano etéreo, o concreto e o vago.
O mesmo que sonha, também tem seus pesadelos.
O efêmero e o eterno. O constatável e o abstraído.
Demônios e anjos todos nós temos os seus.
Uns os odeiam, outros os idolatram.
Num amor e ódio, que se fazem fugazes ou intensos.
O passado de culpas, o presente de decisões.
Quem sabe um futuro de virtudes...?
Nas lembranças esculpidas, a memória da alma.
E no hoje ainda se faz vivo o ontem, para fazer o amanhã.
As emoções, os sentimentos, as ideias e a razão.
O anjo é de cor azul, o demônio é vermelho,
O anjo é vermelho, o demônio de cor azul.
Até onde se é anjo, até onde se é demônio.
Meio anjo, meio demônio, eis o Homem.
Entre o divino e o profano. Como ter certeza?
Não se tem. Cabe a cada um. Cabe a todos.
Os olhos não desvendam os corações.
São tantas as dúvidas, são tantas as dogmáticas certezas...
Pouco se explica, o azul então vai se mesclando ao vermelho,
E nem anjo e nem demônio, apenas humano,
Apenas uma alma, um espírito, e um corpo.
Corpo e alma, e o etéreo diluindo-se no físico.
Anima. O que fazer? Por que fazer?
E a paixão haverá de desafiar o ódio.
E a paixão também desafiará o amor.
E de azul e vermelho,
tudo faz parte da criação.
Talvez não sejam opostos, mas evolução.
Algo que vai além de "ser", que haverá de surgir...