ELE DESENHAVA CIDADES

Princesa borboleta: a tua simplicidade é mãe deste poema, foi ela que me inspirou

Sejam bem vindos à utopia!

ELE DESENHAVA CIDADES

As mais belas

Que queiram imaginar

Ele desenhava cidades

Onde toda a gente gostaria de morar

Onde viviam

Pessoas de todos os credos e cores

Pessoas diferentes

Com todos os odores

Que passeavam

Pelas suas ruas

Pelas suas torres

Inundavam o ar

Como no campo fazem as flores

Porque esses prédios eram enormes

E as cidades maiores ainda

Mas ligeiras como as mais belas aldeias

Que toda a gente aproxima

Pois toda a gente se conhecia

Ninguém era estranho

Todos tinham um nome

Era indiferente o tamanho

Destas Pólis

Do futuro

Que podiam ser muito bem o presente

Religião nova

Que procura crentes

Pois só na crença profunda

Podemos acreditar

Que os dias que ai vêm

Nos farão sonhar

E para as fazer

Pegava na mais bela poesia

Nas mais tocantes sinfonias

Na utopia mais doce

Nos mais puros sentimentos

Eles eram o que unia o impossível

Seu indestrutível cimento

Da aspiração sem tempo, sem idade

Os dias do amanhã saiam dentro de si

Porque

Ele desenhava cidades