Danada, só pra mim...

“Agora é a vez da vida que resolveu brincar de me pegar de mansinho... e ela vem sorrateira, com um sorrisinho malandro de lado...

Me olha, espia, rodeia, me rodeia, me roda e sacode!

Tem vez que ela guarda de lado, que ela chama de frente, tem vez que ela só lembra escondida... mas ela sempre tem vez que ela sempre tem!

Tem dia que o dia surpreende, e a noite com inveja do dia surpreende a gente...

Daí a gente surpreende gente e também tem gente que surpreende a gente.

Por esses tempos ela resolveu me pregar uma peça... brincou com o tempo, brincou com o espaço. E esses quando querem fazer uma bagunça... Ah! Só o vento pra consertar...

É porque o vento venta o vento que bate de mansinho... Disfarçado... Safado vento! Sorriso malandro da vida! Vento que ri, vento que traz a gota, e chora. Vento que desvia e olha, vento que brinca agora! Vento que molha. Vento da calma, que acalma. Da vida que sorri, de ladinho, de mansinho, devagarzinho... Bem malandra a danada, só pra mim...”.