A Fonte.
Tenho me revisitado.
Entôo cantos de maturidade
com timbres que buscam o simples, o natural...
E desconstruo...
modelos, normas, leis,
em longo tempo formatados.
Onde foi que parei?
Rasgo ventos em poemas,
raspo a pele bem no fundo,
Esfolo a terra, corpo físico
em matéria, sangue flui.
Eis a fonte!
Inusitado reencontro com a luz,
sol nos olhos me ofusca,
me atordoa, me confunde,
busco traços, brisa, laços,
danço a vida em suas nuanças
em suaves rodopios. Desafios?
Marco encontro com a criança,
Onde estava? Não sumiu.
Vem de volta, paulatina,
Brinca e chora, encara o medo,
Ri, gargalha em palhaçada,
amorosa, em bom humor.
Gosto muito do que vejo,
sou feliz com meu espelho...
Gaiô.