MANHÃ DE SOL

E noite lá fora, noite sombria
minha cabana está a balançar,
empurrada pela forte ventania
vento forte que veio do mar...

Isso aumenta as batidas do coração
ao ouvir esse assobio que me corta,
parece ser o início de um tufão
que quer entrar por essa porta.

Entrou o vento, achou uma galeria
e já move as cinzas do meu fogão,
ajuda a aumentar a arritmia
os tristes uivos do meu cão.

Da cama ouço esse barulho terrível
e o vento espalha as cinzas pelo chão,
para acalmar o fenômeno invisível
tenho como defesa, minha oração.

O feio barulho que vem lá de fora
lentamente começa a se dissipar,
estou pedindo para que vá embora
o poeta não quer com o vento falar.

Amenhece.Um céu totalmente azul
vejo dezenas de pássaros a voar,
pediram ao vento que fosse para o sul
esse poeta, só gosta de noite de luar.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 14/03/2009
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