Segunda-feira
Dou bom dia à vida
E aos prédios das minhas esquinas
À poluição sonora que abriga
Um tênue suspirar das moças
E os risos alegres das meninas
O relógio é o meu patrão
Vive gritando: de novo atrasado?
Mas tomo meu banho sem pressa
Detesto essa vida de gado
Porém, se não tem jeito, vamos nessa!
No entanto, logo que saio de casa
A natureza me dá as boas vindas
Relembra-me toda a poesia que existe
No farfalhar das folhas
E no canto do pássaro que ouço ainda
Então sigo sorrindo e cantando
Volto à minha alegria costumeira
Feliz passo o dia trabalhando
Esquecendo que é segunda feira
Pois logo a Lua aparecerá brejeira