Imoralidade...
Para mim este treco aí
Da tal maldita da imoralidade...
É pura frescura de mediocridade
Falta de visão e sutil naturalidade
É alguém que desistiu de si mesmo...
Aí se tornou um ensandecido moralista
Deixou de ser simples puro e pleno otimista
E vive agora com medo do simples escuro
Não sabe nem estufar o seu próprio peito
Teme aos seus complexos e defeitos
E não aposta no seu taco com jeito
Ah! Se te acharem assim tão ridículo...
Não liga... E solta bem alto o teu grito
Há sempre alguém por aí no circuito
Que sente e vibra no mesmo intuito
E ademais nada é demais meu rapaz
Quando se ama e se solta os seus ais
Nem o ciúme ou a inveja é capaz
De valer mais que uma gelada cerveja
Brindemos então a tua natural esperteza
Sim tu és a bela espécie da natureza
Que nos alegra e só traz a beleza
Porque o imoral é só um mero equivocado
Que nunca passou de um pobre coitado
Você sim! É a alegria do povo da praça
Contigo... Vingo e sinto a força da graça
E como é a festa da farra... Tome-lhe cachaça!
Colombina e Pierrô estão no maior amasso
Venha cá e me dá também um beijo e um abraço!
FELIZ CARNAVAL! Solte a tua alegria e o cansaço...
Hildebrando Menezes