“PRIMAVERAS”.
A lua exuberante entre as estrelas
Iluminava o gramado orvalhado...
Contente e saltitante queria vê-las;
O manto azul, tão gigante estrelado.
A calmaria, a brisa leve roçava o rosto,
Igual o dia, mil vaga-lumes enfeitavam,
Tão esperada depois da tarde o sol já posto
Eu cantava, enquanto estrelas cintilavam.
Oh natureza! Céu aberto entre as flores,
Sem amargura, peito aberto... Quimeras,
Inalando sob o vento bons odores
E tantas flores lembram tantas primaveras!
A quietude às vezes... É bom...
Faz o poeta delirar, sonho acordado,
Tirando acordes, fazendo versos de doce tom,
E recitando um poema ao ser amado.
A planície amarelada de mal-me-queres
A lua é a rainha, o sol o rei...
As estrelas têm a leveza das mulheres
Entre todas as mulheres, as que eu amei.