PALAVRAS ALADAS
Quando cheguei aqui
Não havia essa cadeira
Nem essa toalha de cetim
O sol brilhava na face enrugada de
Madre Tereza de Calcutá
O meu sonho era ser borboleta
E soletrar as palavras adocicadas
Dos andarilhos colibris
Mas havia um respingo
Na cômoda da minha alcova
E no reverso o plasma da tua
Composição genética me sorriu
Colhi uma flor do céu
Que habita em mim
E o meu coração alado partiu!