Tão feliz...!

Não creio que haja nada fora do tempo

nem o tempo fora de tudo

e que, se sofri, não me acabou o mundo,

nem há motivo para o ruim ser tão lembrado.

Reinvento a alegria e moro nela

e sofrer mais não me interessa

e se sou pétala ou flor e tudo isso passa

e ter de novo a vida é outra doce graça,

a graça que já não me foge mais das mãos.

Há um novo tempo que me chegou

e esse velho coração que já me amou, voltou a amar-me.

Sou um homem borboleta em rico transe...

sou da festa o seu melhor instante,

um amor cedido, outro amor achado

e tudo o que bem feliz morar comigo.