O PORQUÊ DE TANTA ALEGRIA...
Encaro cara feia
O tempo todo...
Em casa,
No trabalho,
No supermercado,
No trem sacolejado
Dos trilhos do metrô
Assim mesmo eu vou...
Sorriso sempre arrumado,
Mostrando dentes
Para todos os lados...
Quem sabe um mal-humorado
Estranhando minha satisfação
Não me perguntará
O porquê de tanta alegria
E não convencido da resposta
Dá-me um tiro nas costas?
Seria a morte mais besta, mais idiota
E mais serena e plena
De uma galharda alma mambembe...