CABEÇA SEM JUIZO





Tua própria face
na cama desconheço,
batom nos lábios que me
seduzem,
beijos molhados na pele
de marfim,
dedos entre a cápsula
que germina o trigo,
blusa aberta na hora certa,
a flor de Venus despetalada,
línguas, bocas entrelaçadas
e a cabeça sem juízo ereta,
não se tem pressa para a
próxima tacada,
nessa hora meu coração
dispara feito bala de fuzil
quando ouço da tua boca
palavras sussurrantes,
pensamentos me dizem;
que tua boca me beija
que tua língua me devora
que te sentes feliz quando
o meu gozo procura abrigo
adentrando-se em tua entranha,
um, dois, três... dedos,
logo após o umbigo.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 12/01/2009
Código do texto: T1380430
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