O sono da bela

Fico a te mirar sorrateiro

Alegre, faceiro, incendeio

Degusto e cheiro teu corpo

Ali... Está a bela adormecida

Aqui... Uma fera ensandecida

Contempla o sono da presa

Que parece adivinhar essa fome

Move-se lânguida e molinha

Na espera do pulo na carne

Passo a língua sob os lábios

Sede Insana de uma dentada

Naquela suave pele aveludada

Estou meio que fascinado

Tateio e vagueio pelos cantos

Encantos ligeiros e assanhados

Há movimento... Fico logo atento

No silêncio ouço a batida do peito

Vislumbro astuto o momento

Transmutei, novamente, de fera...

A um simples e puro menino sapeca

Sorrio da imaginação e suas peripécias.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 31/12/2008
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