O (re)COMEÇO


Do meio das dores, surge o esperado remédio
Quão doce pode ser o mais amargo dos féis
Basta que o paladar esteja disposto
A provar todas as nuances dos dissabores.

Já provei a rudeza dos desamores,
O amar sem ser amada, desejar sem ser desejada,
Amar, ser amada e ainda assim,
Ser condenada a viver longe desse amor.

Também já provei o Néctar dos Deuses,
O amor possessivo que também me assolou.
O amor proibido, que o coração abandonou
Pois que era natimorto, sem chance de por si perdurar.

Hoje, navego em mares não bravios,
Já não quero mais batalhas doentias travar.
Há muito minha espada descansa, tranqüila e plácida,
Nos louros das vitórias e derrotas, cada qual mais valiosa.

Sei que na sapiência reside a placidez, e com ela aprendo,
O amor maduro necessita de um donatário e de um doador.
Agora, aguardo o amor que me ensinará a dar, e receber,
Para, então, provar da felicidade, a meu bel prazer.

Esperando, sei que em breve hei de chegar lá,
Nas asas do vento, na força da imaginação, na luz da razão,
Se me reservam surpresas, e estas virão a curto prazo,
Meu coração está aberto, sem qualquer restrição: venha, amor!

(escrito aos 19/01/2005 – 17:20 horas)
Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 07/04/2006
Reeditado em 05/07/2009
Código do texto: T135097
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