SUA VOLTA
Olha, quantas vezes fiquei sentado neste tamborete de três pernas aqui no terreiro, a lua clara e as estrelas piscante, assistia de longe o meu sofrer, via como rolava meu pranto, era triste e o sono não chegava.
Olhava sempre naquela direção, parece que via você entrar no portão, trazendo as malas e tudo o que você levou.
Quantas noites que fiquei aqui sozinho, sentindo a briza fresca da madrugada, o dia que chegava calmo e carinhoso, ouvindo os passainhos cantarem e as flores orvalhadas que insistiam embelezar, vem o sol com sua mágnetude, com sua claridade quente sobre mim.
Mas agora estou bem, quero viver denovo e brindar a sua volta, viver tudo o que não vivi, mas valei a pena te esperar, no fundo eu sabia que você vinha e que um dia ia voltar pra mim.