Alegre Adeus!
Amor sonhado não é perdido
É sublime por ser reinventado
Como a lágrima de saudade...
É irmã gêmea da felicidade!
Só as almas puras têm intensidade
E elas juntinhas mostram identidade
Soltas... Demonstram possessividade
Vencida depois pela doçura da verdade
O amor é assim... Cheio de novidades
No lençol da cama em quaisquer idades
Ou seja, no chão duro ou na lama
Quem ama... Ama e não reclama!
O que conta, o que manda é o coração
E voar só faz sentido se for com emoção
Na cumplicidade do espírito com a mente
Porque um sem o outro nos faz dementes
E o que seria dos movimentos sem o vento?
Por isso saboreie bem os teus momentos
Pise firme ou flutue pelos árduos caminhos
Com o olhar fixo e soberano para o horizonte
Onde há sempre um arco-íris ali adiante
E a poeira da estrada é da própria jornada
Como as flores e o rouxinol também o são
Se fores perspicaz verás que o que vai... Vem!
Sejas paciente, generoso com o teu bem
Sim! Siga sempre em frente sem, porém
Não se esqueça que tanto o sal como o sol
Tem a sua serventia e não me leve a mal
Mas o melhor... Às vezes é dizer só adeus
Com a alegria da missão bem cumprida
Que um simples tchau fingido de despedida
Este no fundo é doído e deixa ferida na vida.
Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado em “Simplesmente tchau” da poetisa Enise.