Hoje
Hoje eu sinto um cheiro de chuva
e um gosto amargo de saudade.
As nuvens, agora escuras,
ameaçam a chegada da chuva
que não vem...
O sol que nasceu, não apareceu,
conivente com as nuvens
que manipulam o tempo.
O som ligado traz aos meus ouvidos
uma canção de amor e paixão.
Hoje eu sinto o abraço do vento
que preconiza a promessa de chuva.
É esse vento que sopra suave
em minha memória,
levantando folha por folha
da minha existência.
Às vezes, provoca em mim um riso interior,
às vezes, visualizo páginas tristes, sombrias,
mas duelo com elas e consigo vencê-las.
Hoje, não quero sombras no íntimo.
Hoje, quero dançar o bailado do amor
que espalha alegria, sol e luz
pelo meu caminho,
e que eu possa transmitir
essa irradiação
para o caminho de outrem.
Hoje é hoje.
O amanhã verei depois,
se o amanhã vier.
E que ele venha...