POESIA DESNORTEADA

Poesia desnorteada,

Nocauteada por frases

Forjadas inteiras,

Em nacos disfarçadas

Apagam-se breves, brejeiras

Lampejo de mentes ladinas,

Irrefreáveis zonzeiras...

Dançam alegres,

Como fossem elas

A grande valsa delas mesmas

Rimando passos

Indo... Como vieram!

Exultantes, esmas

Nublosas vertigens

Dos ditos perdidos..

Tombam em gotas-luzes

Nas tardes de janeiro

Transcendência licorosa

Do sal no aguaceiro

Do fevereiro em suor quente

Pedindo brisas em fraseio

Volúpia crivada em curvas

Remoinhos pontuados

Revoluteio letrado

Desenhos enredados,

Garranchos meros, belos!

Cruas vírgulas, frases erradias

Entonadas melodias

Sutis cadernos espiralados,

Pautados por sons

Pontuados de vida!