Trem-de-ferro e amor
de Edson Gonçalves Ferreira
para Malu e Miguel Barni
Trem doido é a vida
Vagões desgovernados passam
Fumaça entrando nos olhos
Lágrimas e sorrisos nas estações
São quantas?
Só a memória afetiva guarda
Gente que vem e vai
Gente que vai pra nunca voltar mais
Trem doido trem danado trem desgovernado
Como coração apaixonado
Perde o rumo, perde o prumo
Trem doido trem danado trem desgovernado
Quantas voltas dá no mundo
Quantas voltas faz coração sentir
Não apita, maquinista, não apita
A dor aumenta, a dor fremente, a dor latente
Trem que parte trem que volta
Quem nunca sentiu essa dor alegre e triste
Não viveu, nunca tomou o trem danado
Trem doido trem danado trem desgovernado
Todo mundo vem e vai nesse trem.
Divinópolis, 07.10.08