A beleza da vida
Tanto cantou Gonzaguinha sobre a vida
Na pureza da resposta das crianças
Do quanto é bonita e é bonita e é bonita
Que resolvi declamar alguns versos a ela
Porque tenho sido bastante agraciado
Vira e mexe recebo poderosa graça
Que me deixa todo prosa na praça
Ora é por um gostoso dengo dela
Noutra é por um agrado fora de hora
E sinto a vergonha indo logo embora
Justo eu que me denomino aprendiz
Que ensaia ser um eterno poeta no que diz
Então é meio difícil querer uma vida melhor
Como diz o adágio popular... Se for: Estraga!
Tendo ao meu lado uma parceira tão bela
Que a toda hora me alegra e me atiça
Navega comigo uns mil sonhos em série
Içando a vela. Fareja e toca as estrelas
Respira a brisa e se lança até as telhas
Estimula as minhas ilusões dos pés às orelhas
Uma maravilha com suas emoções e centelhas
Este é o mistério e segredo do nosso elo profundo
Que lá bem no início dos tempos une o mundo
E as gotas da garoa, do orvalho... Da chuva...
Molham e acaricia o meu rosto com gosto
Como tudo fica refinado, melodioso e gostoso
Nesse sentimento puro, intenso e dadivoso
Onde o amor tão divino... Fez a sua pousada
Unindo o que penso... Aos poemas da amada.
Hildebrando Menezes