QUANDO PINTA A SOLIDÃO !

às vezes é assim mesmo,
sem razões e sem motivo
o coração entristece! 

e todo poeta padece
deste pálido desencanto,
que insiste em calar o canto!

e a gente fica num canto,
sem querer saber de nada,
os olhos no infiníto,
o pensamento na lua!

não sabe se o sol brilha
ou se a brisa beija as flores,
se a estrela cintila,
espalhando luz e cores!

ou se o poste da rua
se espelha nas poças d'água,
ou afoga as suas mágoas
além da curva do vento !

tudo depende de tudo,
nada é independente,
ou autosuficiente,
quando a paixão acende,
ou quando pinta a solidão !

às vezes...é assim mesmo...!

antonio carlos de paula
 poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 23/09/2008
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