Quanta saudade me invade
daqueles tempos vividos,
da minha infância feliz,
quando eu brincava com os amigos
à sombra de frondosas mangueiras,
subindo nas goiabeiras
e adormecendo sobre jornais!...
Quanta vontade se apossa
do meu triste coração,
de rever os amigos, nossos folguedos,
sentir o perfume das flores
daquele vasto jardim
e curioso, observar os namorados
sentados nos bancos
e em segredo, entrelaçados!...
Ah! Se eu pudesse voltar
a minha longínqua meninice,
abraçar de novo minha mãe
e lhe dizer palavras pueris...
Acordar bem cedinho
e junto com os companheiros,
subir nos arvoredos,
galgar os altos muros
daqueles imensos quintais!...
Quão doces eram aqueles momentos
de brincadeiras tão puras,
de roubar as frutas maduras
nos pomares vizinhos,
de juntar as conchinhas na areia
e nos distantes passeios,
me banhar nos belos mares!...
me banhar nos belos mares!...
Quantas saudades se afloram
ao visualizar os amigos de outrora,
todas alegrias das horas...a sorrir!...
De adormecer bem cansado,
sentir-me como antes –
a criança mais amada,
como naquele tenro existir!...