o prazer de ser poeta
De verso á verso
o poeta viaja,
debaixo de uma árvore,
numa tarde ensolarada,
ou sentado na sala;
descobre belezas,
perigosas aventuras,
percorre por lugares distantes,
sente emoções difentes,
pisa em marte,
ama e sofre intesamente...
De verso á verso
a poesia me pega de jeito,
me abraça,
me deixa imóvel,
me faz desafiar este mundo fasceiro;
A poesia, ela não come
não tem cama nem colchão,
dorme debaixo do meu travesseiro...
De verso á verso
faz da poesia seu passaporte diário,
para suas viangens entre o tempo e o espaço,
escreve á vontade,
onde e como quiser,
desfruta da felicidade,
mesmo sendo homem,
brinca de ser mulher...
De verso a verso
o que não mais rimava deu sentido perfeito
o que era apenas um rabisco ganhou contexto;
Como é incrivel e natural
o poder da escrita
nas mãos de um homem simples
feito de carne e de memória,
que encontrou nos versos seu abrigo
não teve fava nem glória...