MORTE...

MORTE

De Poet Ha, Abilio Machado.

(130708)

Minha amante

Tão antes despercebida

Se apresenta aos dias

Em defesa uso minha armadura

Minha guerra de toda hora

Na aurora em teus lábios

Sedutores, vermelhos e doces

Querem me fazer adormecer

Sobre o leito da barca que me promete

Precedido o vento do instante

É tentativa, indício e aviso

São pistas que surgem

Em meio às ramas

Ou aos veios da fumaça

Que sobe da caçoleta

Como se fosse ótima postura

A aceitação

Minha alma reluta na partida

E cada vez que tenho o bilhete

Faço prosa

Canto em roda

E perco a saída da estação!!!

Lá... Lá vai o trem... Adeus!!!