A poesia e eu
Poesia on line. Mote do dia 14.07.2008 proposto por Marcelo Bancalero:
A poesia e eu
A poesia e eu
Maria Quitéria
A poesia é grito que não calo
que eu monto feito um cavalo
e saio a galope toda nua
ela é o espelho da minha alma
é a única que me acalma
é encanto na minha dança da lua
ela distribui pão e vinho
dá colo, ninho e carinho
é barraco com teto de zinco
é inteira devassa e profana
aguardente purinha de cana
quintal de amarelinha onde brinco
ela é o que eu mais gosto
meu avesso e meu oposto
meu rosto na minha própria multidão
ela tem pernas de bailarina
entra e sai de cena, depois vem e trina
como um pássaro cantando tesão
minha poesia não tem amarra
ri da formiga, ela é cigarra
e, no inverno, procura outro rumo
não dá bola pra troianos nem gregos
é martelo em meio a pregos
é o nivelador e meu prumo
minha poesia é vício
no meu eu precipício.
Sampa, 14.07.2008 13:23 hs
http://versosprofanos.blogspot.com/
O Mote é a poesia da música que coloquei na capa do meu Site
http://www.marcelobancalero.prosaeverso.net
Catedral
Composição: Kim
A Poesia e Eu
Eu sou letra simples
Minha caligrafia sou eu
Um suburbano, com fé e rebeldia
Visionário, estrangeiro de um país
Operário sem medo de ser feliz
De olhos castanhos a olhar pro céu
Panfletando a minha arte e minha raiz
Por isso a poesia não me abandonou, nunca
Me deixou
Por isso a poesia não me abandonou
Eu, somente eu
Escrito por mim sozinho
Ninguém mais do que eu
Minha voz, sou eu sozinho
De fato é difícil conviver assim
Com tudo aquilo que eu quero de mim
De fato é pesado ter que aceitar
Toda a realidade que sinto no ar
Por isso a poesia não me abandonou
nunca Me deixou
Por isso a poesia não me abandonou
nunca me deixou
Tem muito de mim nessa letra
Mas diga algo sobre a poesia e você
Marcelo Bancalero